A nossa proposta cria uma intervenção em espaços abertos e fechados, mantendo a mesma linguagem para absorver os edifícios existentes com o uso de um casulo como fachada. Estas mediações despertam o interesse visual de quem chega à marina, a pé ou de barco, mas o mais interessante é que promove a interação com os diferentes volumes, convidando os visitantes a explorar materiais, texturas, cores e objetos. Estar tão perto do mar também nos alerta para as questões prementes relacionadas com a poluição, pelo que concebemos o casulo de alguns dos edifícios como uma estrutura que reaproveita as cordas de pesca retiradas do oceano enquanto cria proteção solar. A reutilização de materiais tem vantagens económicas e ambientais. Ao projetar o novo Leisure Harbor, estávamos muito conscientes desses pontos. Propomos o uso de madeira de barcos e edifícios antigos para criar as plataformas de passeio. Apreciamos a mistura de histórias a serem reescritas, dando-lhes uma segunda vida com um tratamento igual por todas as madeiras de diferentes origens, para garantir um visual coeso. |